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Brasil ganha Medalha de Prata na “Copa do Mundo de Física” com alunos do ensino médio em Pequim

24/07/2018

Cinco estudantes do ensino médio que foram representar o Brasil no Torneio Internacional de Jovens Físicos (International Young Physicists' Tournament - IYPT) voltarão com a medalha de prata da competição realizada na China. Com o quinto lugar nesta edição, constituída de 32 países, o Brasil teve sua melhor participação na história do torneio. “Nunca antes o Brasil tinha tido uma nota tão alta durante os 5 rounds”, conta o professor Samuel Araújo, conhecido como Argentino, que está acompanhando os alunos no país. 

Foram para a final com a medalha de ouro os países Cingapura, China, Coreia e Alemanha.

A competição premia com a medalha de prata as equipes classificadas do quinto ao oitavo lugar. O torneio de física tem formato diferente das olimpíadas de conhecimento popularmente conhecidas. “Nesta competição, as equipes precisam apresentar soluções para uma série de problemas lançados pelos organizadores”, conta o professor Argentino.

Enquanto uma equipe mostra sua resolução, outro time age como "oponente", questionando os argumentos apresentados pelo rival; e há ainda uma equipe "avaliadora", que apresenta uma avaliação dos prós e dos contras do desempenho tanto do time relator quanto do oponente: são os "physics fights" (lutas de física). E é tudo falado em inglês. Ao final de uma rodada, um corpo de jurados altamente técnico dá notas para a equipe relatora, para a oponente e também para a avaliadora. 

Os problemas têm altíssimo nível de dificuldade. São geralmente problemas abertos e com física que ultrapassa conhecimentos do ensino médio.  

A equipe brasileira foi formada por Vinícius Alcântara (capitão do time), Victor Barros, Gabriel Trigo, Guilhermo e Bruno. 

O primeiro aluno, capitão do time e responsável por trazer a medalha de prata, é aluno do Colégio Arena; o segundo, do Colégio Ari de Sá; o terceiro, do Colégio Etapa; e os dois últimos, do Colégio Objetivo. Todos têm entre 16 e 17 anos. 

Capitão

“Dono de uma trajetória inspiradora em Física, Química e Matemática, Vinícius tornou-se, neste ano, uma referência no Brasil em competições de física. Recentemente esteve também na Rússia defendendo o país noutra competição dessa ciência. Em Pequim, o Brasil teve 15 batalhas; Vinícius atuou em 5 delas diretamente. Além disso, exerceu também a função de capitão do grupo, coordenou as estratégias de competição, fundamentais para garantir o bom desempenho, e trouxe a prata”, afirma o professor Argentino. 

“Desde criança, Vinicius já falava que seria cientista e demonstrava altas habilidades. Por exemplo, a partir dos três anos, quando íamos à praia, ao invés do típico castelo de areia, ele preferia construir um Relógio de Sol ou algo nessa linha”, enfatiza a mãe do aluno, Ivana Alcântara Névoa.

Sobre o torneio

A competição não tem prova escrita; é feita por meio de debates sobre problemas físicos chamados de “physics fights”, que duram, em média, 70 minutos.  Os estudantes têm de propor respostas para problemas como, por exemplo, utilizar uma folha de papel para construir uma ponte resistente, ou ainda identificar a variação das matérias de uma bola de ping-pong sob o efeito da água.

Em cada rodada, há um revezamento das equipes, que se dividem em três funções: relatoras (apresenta a solução do problema), oponentes (critica a relatora, apontando falhas e expondo aspectos positivos da apresentação) e avaliadoras (avalia as atuações das duas equipes). Todas as equipes passam pelas três posições. Ao término, os jurados dão as notas. Foram realizados cinco “physics fights” classificatórios entre os países; no final, ficaram os três melhores classificados, que seguiram para o último embate. Neste ano, a Alemanha ficou em 4º lugar, mas, como não perdeu nenhum round, o regulamento permitiu que ela participasse do Round Final. 

Em 12 edições realizadas do Torneio Nacional, cerca de 200 equipes já disputaram as “Physics Fights” oficiais no país. Desde 2010, a competição brasileira segue formato semelhante ao do Torneio Internacional. Entre dezenas de versões do IYPT realizadas pelo mundo, há alguns anos a brasileira consolida-se como a maior. Em 2017, os brasileiros conquistaram a terceira medalha de prata nos últimos cinco anos, o que assegurou ao país a posição de protagonismo no cenário internacional. Entretanto, a participação brasileira neste ano foi ainda mais relevante, já que rompeu recordes, colocando o Brasil cada ano mais próximo da Medalha de Ouro.

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